segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cantiga para o Infinito - premiação UFSJ 2017


Concurso de Poesias da UFSJ

 A Universidade Federal de São João del-Rei promove desde 2000 o Concurso de Poesias da UFSJ,  congregando a cada edição um número cada vez maior de escritores de diversas localidades (inclusive de outros Estados), de diferentes faixas etárias, origens sócio-culturais e formação acadêmica.    A Cerimônia de Premiação do Concurso de Poesias da UFSJ é uma das atrações do Inverno Cultural da UFSJ, que ocorre durante a segunda metade do mês de julho e que reúne um grande público entre participantes do concurso, familiares, convidados, turistas e os freqüentadores das oficinas e atrações artístico-culturais promovidas pela UFSJ, além dos moradores de São João del-Rei e região.  O Concurso de Poesias da UFSJ é uma oportunidade para que poetas consagrados ou anônimos, profissionais ou diletantes, iniciantes ou veteranos possam expressar sua arte literária e ter a chance de concorrer para ter seu poema publicado em um livro com os 30 primeiros classificados, editado e impresso pelo Setor Gráfico da UFSJ. Este livro, publicado por uma instituição de ensino superior federal como a UFSJ, possui ampla circulação entre a comunidade acadêmica e o meio artístico-cultural, estimulando o gosto pela leitura e divulgando os poetas e escritores de várias regiões do país.     A literatura é uma das fortes marcas da tradição cultural de nosso Estado e de nosso país, e a UFSJ procura, através desse concurso, preservar e fortalecer esta forma de manifestação artística e cultural.
Concurso de Poesias 2017 da UFSJ  INSCRIÇÕES DE 25 DE ABRIL A 12 DE MAIO DE 2017
                        Edital 02/2017/UFSJ/PROEX do Concurso de Propostas   para o 17º Concurso de                                     Poesias da UFSJ   17º Concurso de Poesias  2017 da UFSJ

Poemas Premiados
1° lugar   Fronteira      Maria Beatriz Del Peloso Ramos
2° lugar Cantiga para o infinito    Celso Antônio Lopes da Silva
3° lugar   Intimidades    Marília Pirillo



CANTIGA PARA O INFINITO.



Aprisionar o tempo
e colocá-lo sobre a mesa de jantar.
Sorver dali,  a magia de Ferran Adrià,
e servir a si mesmo a refeição completa
desconstruindo  o amargo e o doce paladar...

Aprisionar o tempo
e reaprender no gosto da saliva,
o indissolúvel elo entre o mel e o fel.
Sugar no  mais profundo das moléculas,
o tempo da solidão, o tempo da cura.

Aprisionar o tempo
e sentir  todos os seus  impulsos
numa cantiga de amigo e maldizer:
ora lágrimas, ora risos, ora rimas...
Construir  o DNA de um  novo olhar
carente dos versos mais puros.

Aprisionar o tempo
e dizer e desdizer a mim mesmo
sobre a inquietude íntima das ostras...
e dialogar  no interior  de cada pérola
com a  tessitura úmida das palavras mudas.

Aprisionar o tempo
e estender-lhe todos os desejos
circundados por uma  profunda paixão.
E só então libertá-lo,
(como a ti mesmo desejas),
 preso a um fraterno abraço que flutue,
e  que voe, e voe , e voe, infinitamente,
com os pés presos ao chão...

Aprisionar o tempo
enxergar nele a onipresença 
do invisível, cantada num só verso.
Poder  alcançá-lo numa   dimensão
que  transforme  o avesso e o infinito...
E só, então, dominar  a sua  eterna fúria,
ao traduzir  todos os sinais  urgentes 
que principiam  um  novo  universo!....




texto:   CELSO LOPES 











NATUREZA 2016  

Índice
Vencedores do Concurso Literário “Natureza 2016” na categoria “Conto” (pág. 9)
1º Lugar “Cada rio é uma voz”, por Wilson Vieira, Portugal (pág. 9)
2º Lugar “O fio”, por Sihan Felix, Brasil (pág. 15)
3ºLugar “Liberdade”, por Tiago Monteiro, Brasil (pág. 18)
Outros Contos Vencedores (pág. 50)

Vencedores do Concurso Literário “Natureza 2016” na categoria “Poesia” (pág. 4)
1.º Lugar "As tempestades de areia" , por Arzírio Cardoso, Brasil (pág. 4)
2.º Lugar "A última árvore do Universo", por Celso Lopes, Brasil (pág. 6)
3.º Lugar "Antropoceno:", por Gervásio Paulus, Brasil (pág. 8)
Outros Poemas presentes nesta Antologia (pág. 19)




A ÚLTIMA ÁRVORE DO UNIVERSO


Por um descuido, por não lhe ouvirmos a súplica,
à nossa frente sangra a última árvore do universo.

Por destratarmos a natureza da sua natureza,
induzimos severas fissuras à última arvore do universo.

Por um ato falho de relegarmos a sua ancestralidade,
queimamos viva, sem culpa, a última árvore do universo.

Por ignorarmos o seu silêncio milenar de significados,
abrimos uma fenda aos fungos na última árvore do universo.

Por lhe fecharmos o cerco e estancarmos a sua seiva,
à nossa frente morre de sede a última árvore do universo.

Por lhe impedirmos o ar e secarmos o seu fôlego de seguir,
abatemos o broto e a vida da última árvore do universo.

Por ela, pela última árvore do universo,
já não haverá crianças que a defendam...

Por ela, pela última árvore do universo,
já não haverá razões para tratados políticos...

Por ela, pela última árvore do universo,
todos os seres, todos os versos serão tristes...

Diante dela, o silêncio inútil, o gesto inútil, o grito inútil
serão cantigas de roda, surda e mudas: o poema em desespero
abraçando o planeta!...

Texto:  Celso Lopes


Poesia e contos Copyright @ 2017/2018 por Vencedores de “Natureza 2017-2018”
Edição, Fotografias e Capa por Rui M.
Produzido em Portugal – Lisboa – Amadora
Rui M. Publishing
Edição Dedicada à Natureza, Comunidades Emigrantes e Shawn Mendes
Júri:
Edweine Loureiro
Parceiros & sites:
Contos das Estrelas (Portugal)
http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt
Jornal Bom Dia (Luxemburgo)

http://bomdia.eu/concurso-literario-dedicado-as-comunidades-e-a-mikkelsolnado/
Nota Importante: Os pontos de vista apresentados, em contos e poemas, são os dos autores e não

representam os pontos de vista do Concurso ou dos seus Patrocinadores.








PRÊMIO NACIONAL DE LITERATURA DOS CLUBES / 2018.

Seguem anexos Parecer da Comissão Julgadora da Academia Paulista de Letras, resultado e dados gerais de participação do PRÊMIO NACIONAL DE LITERATURA DOS CLUBES / 2018. Logo comunicaremos a data e local de entrega do prêmio, que será em São Paulo.   
Atenciosamente,

Antonio Clementin
Sindi-Clube Cultural
(11) 97979.2501  

(resultado)
POESIA .
(.....)  Em segundo lugar, surge um autor que desfia um protocolo de intenções, e podemos dizer, das melhores intenções, em relação a si mesmo e à sociedade em geral. Meticulosamente esperançoso, prudentemente otimista, revela porém o desencanto com os ornamentos e prefere o concreto, o ideal, o reto e o justo. O autor representa o Esporte Clube Banespa. É Celso Antônio Lopes da Silva, com o poema “Um dia substantivo”.


Um dia substantivo
que me atravesse sem medo
os caminhos de um campo minado
e me silencie da iminente explosão.
Um dia que me cegue, no ato, a poeira do chão.
Um dia substantivo, sem alarde,
acenando gestos à eternidade:
antes que seja tarde!...

Um dia substantivo
que me arraste à beira do abismo,
ou me atire às profundezas abissais.
Um dia que ignore nas minhas palavras vãs,
a sanha, a súplica e o desespero latente...
Um dia substantivo, sem alarde,
como todas as horas mortas da tarde:
antes que seja tarde!...

Um dia substantivo
que me leve em silêncio puro
para o rufar esfuziante das ondas do mar.
Um dia que me afogue o corpo e a alma
entre o oceano e a linha do horizonte.
Um dia substantivo, sem alarde,
suplicando-me que a vida aguarde:
antes que seja tarde!...

Um dia substantivo
que me traga um grito torto, reto e líquido,
dissipado num uivo sem sinal de exclamação...
Um dia que me deixe mudo pelos becos e esquinas
entre o espanto e a cópia xerox.
Um dia substantivo, sem alarde,
queimando em mim o fogo que arde:
antes que seja tarde!...

Um dia substantivo
que me interrompa a claridade inútil
e me dispense do azul e da escuridão...
Um dia que me arraste à luz total, ao brilho
lúcido e transparente das galáxias.
Um dia substantivo, sem alarde,
sentindo o que dentro e fora em mim invade:
antes que seja tarde!...

Um dia substantivo
que me leve vertiginosamente ao fim,
sobre as escadas espiraladas no entorno de mim...
Um dia que me acene com o mergulho sem volta,
ou à queda de um precipício à minha volta.
Um dia substantivo, sem alarde,
um dia concreto e abstrato, antes que tarde,
antes que seja tarde!...


Texto:  Celso Lopes      elipse84@terra.com.br   11 98487 1193




Terça-feira, 28 de Agosto de 2018 - 14h21
Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes já tem vencedores

Concurso realizado pelo Sindi Clube, Fenaclubes e Academia Paulista de Letras premia talentos na poesia, crônica e conto
Já foram escolhidos os vencedores do Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes de 2018. Ao todo são nove ganhadores, três em cada uma das categoriaspoesia, crônica e conto, além das menções honrosas selecionadas pelos jurados. O concurso, realizado anualmente pelo Sindi Clube, Fenaclubes e Academia Paulista de Letras, visa promover a literatura nos clubes de todo o Brasil.
“O objetivo, além de revelar talentos na arte de escrever, é fomentar a literatura e o enriquecimento cultural nos clubes de todo o Brasil. A qualidade dos textos é resultado, também, do incentivo a leitura dentro dos clubes com os Clubes de Leitura”, afirma o presidente do Sindi Clube, Paulo Movizzo.
Neste ano a premiação teve 170 participantes, de 46 clubes de 26 cidades, que inscreveram 60 poesias, 61 contos e 49 crônicas. São Paulo foi o estado com maior participação no concurso, com 85 textos, mesmo número de participações dos outros estados somados.
O Club Athletico Paulistano foi o recordista em participações neste ano, com 29 inscritos (4 poesias, 6 crônicas e 19 contos). E o numero maior de inscrições resultou também em um recorde de ganhadores: o clube ganhou primeiro, segundo e terceiro lugar na categoria conto, além do primeiro lugar na categoria poesia.  Conheça os títulos das obras vencedoras e seus respectivos autores em cada categoria:  Poesia:  1º - “Pegadas”, de Luciano Martins Costa, do Club Athletico Paulistano (São Paulo – SP);2º - “Um dia substantivo”, de Celso Antônio Lopes da Silva, do Esporte Clube Banespa (São Paulo – SP); 3º - “Culinária caipira”, de Magnos A. B. Castanheira, do Clube Esperia (São Paulo – SP).  Menções honrosas - “Ave mulheres”, de Fernanda Ribeiro de Almeida, do Minas Tênis Clube (Belo Horizonte – MG); “Fernão de Magalhães”, de Terezinha Bertazzi Costa, do Círculo Militar de Campinas (Campinas – SP); e “Manguezal”, de Álvaro Santi, do Grêmio Náutico União (Porto Alegre – RS).

Crônica
1º - “Por quem os sinos dobram”, de Carlos Augusto de Assis, do Clube Esportivo
Helvetia (São Paulo – SP) 2º - “Uma beleza estereotipada”, de Mauro Francisco, do Clube Indaiá (Dourados – MS); 3º - “A revisão”, de Silvia Cachone, do Caiçara Clube de Jaú (Jaú – SP).  Menções honrosas - “Metamorfose”, de Ivana Maria França de Negri, do Clube de Campo de Piracicaba (São Paulo – SP); “Consolação”, de Thais de Castro Rezende Rebello da Silva, do Círculo Militar de Campinas (Campinas – SP); e “A ansiedade no bolso”, de Marcio Luiz de Campos Marques, do Círculo Militar de São Paulo (São Paulo – SP).
Conto
1º - “Carta ao poeta”, de Giselda Penteado Di Guglielmo, do Club Athletico Paulistano (São Paulo – SP);2º - “Doce de laranja amarga e um vidro de perfume”, de Maria Lucia Perrone, do Club Athletico Paulistano (São Paulo – SP) 3º - “Se fosse possível explicar”, de Maria Christina Tibiriçá Bahbouth, do Club Athletico Paulistano (São Paulo – SP). Menções honrosas - “O Lobisomem do angico”, de Antônio Augusto de Almeida Maioli, do Avenida Tênis Clube (Santa Maria – RS); “Agora está tudo bem amarrado”, de Heloisa de Queiroz Telles Arrobas Martins, do Club Athlético Paulistano (São Paulo – SP); e “Derradeiras palavras”, de Roland Fischmann, da Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo (SP).

Sobre o Sindi Clube  -  O Sindi Clube é o único representante sindical dos clubes esportivos, sociais, culturais e recreativos do Estado de São Paulo, e há 28 anos desenvolve programas, projetos e iniciativas em defesa dos interesses das agremiações sócio esportivas do estado e do Brasil.
Com uma base de 2.200 clubes, aos quais oferece uma estrutura especializada em administração nas áreas jurídica, trabalhista, fiscal, contábil e tributária, recursos incentivados, cultural, esportes e lazer. A entidade é também um interlocutor frequente do governo, consultado e ouvido pelas autoridades de todos os níveis do país, além de federações, confederações e organizações de todos os segmentos da vida nacional. A instituição mantém ainda a Universidade Corporativa Sindi-Clube (USC), que oferece um extenso programa de formação, treinamento e aperfeiçoamento de profissionais de clubes, por meio de uma completa grade de cursos, seminários, palestras e workshops.

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 Mais informações para a imprensa: Carlos Battesti / Nathalia Nascimento Convergência Comunicação Estratégica
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