O
SORRISO DA TARTARUGA
Na fábula que todos conhecemos, A Lebre e a
Tartaruga, quem sobe ao pódio, depois do “descaso” e do “cochilo” da Lebre durante a corrida,
obviamente, é a própria Tartaruga; no entanto, desta vez, a Tartaruga terá que
enfrentar um Sapo... Bem, na verdade, um Sapo tecnológico, é claro!...
Assim, avessa às tecnologias de ponta, a antiga
vencedora, agora, vai perder o trem, quer dizer, a corrida... Mas, acalmem-se –
continuamos torcendo, torcemos para que
ela chegue a tempo, e ainda possa “nadar” de braçada e “sorrir tranquila” pelos
sete mares afora.
Isso porque, essa tranquilidade, nos últimos tempos
tem esbarrado num “vilão marinho”, ou seja, o material plástico em suas várias formas: quer sejam sacolas, garrafas
pet, canudos, redes de pesca, isopor e
outros milhões de resíduos
descartáveis made-in-polipropileno – matéria-prima inerente a essa indústria de transformação.
De um lado, os detratores desse uso desenfreado
do plástico e ávidos por
alternativas “Sustentáveis”; e de outro,
a indústria, entidades e profissionais que pregam o uso consciente do plástico,
ou seja, uma educação ambiental efetiva, circular e mais incisiva, e obviamente, comprometida em
salvar o planeta e todas as espécies
terrestres e marinhas, a tempo.
À parte isso, uma boa notícia
para ambos!...
Alguns cientistas dos USA, acabam de criar um “robô-vivo”, a partir de
células-tronco de sapos africanos, de nome Xenobots,
que medem, aproximadamente, um milímetro,
e tem a função programável para trazer ou levar substâncias.
Aonde, por exemplo?
Os cientistas adiantam: esses organismos vivos e programáveis poderão
transportar remédios pelo corpo, viajar
pelas artérias para remover placas gordurosas e, aplausos!... poderão, quem
sabe, formar um exército-tarefeiro de milhões de Xenobots para coletar microplásticos dos rios, mares e oceanos.
E para não dizer que os cientistas não falaram de flores...
Os Xenobots são totalmente
biodegradáveis, e parecem cumprir uma instrução Bíblica saudável sobre a função do trabalho, somente que,
diferente do descanso bíblico no sétimo
dia, esses fieis-escudeiros, após a
sua labuta do dia a dia, morrem, ou
seja, transformam-se em células mortas – afirmam os pesquisadores.
Na fábula conhecida da Lebre e a
Tartaruga, a moral da história pode
relatar, entre outras possibilidades, que “devagar se vai ao longe”. Porém,
nesta fábula contemporânea, com esses novos
“atores” e “historiadores” do futuro, queremos crer que haja uma outra leitura possível.
Assim, as Tartarugas, sejam elas,
de água-doce, como a Tartaruga-Tigre do pantanal, ou Tartarugas
marinhas, principalmente as brasileiras
ameaçadas, como a Cabeçuda, de Pente, Oliva, de Couro, e até mesmo a Tartaruga-Verde,
todas elas, acreditamos, ganharão status
de ‘sobrevivência sustentável’, e poderão abrir um doce e largo
sorriso; e, ainda, de “quebra”,
a cooperação mútua, a cargo dos Sapos-robôs Xenobots,
com certeza, contribuirá para diminuirmos ou eliminarmos, de vez, o excesso de
ações predatórias e irresponsáveis
que atingem todo o meio ambiente.
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