Homenageado pela
Câmara Municipal de Guará em 13/dez/2018, José
Paulo Telles, nosso reconhecido
“Queijinho”, recebeu a medalha de honra
ao mérito. A comenda é a mais alta
condecoração oferecida pela Câmara Municipal da cidade, como forma de distinguir pessoas e entidades que contribuem com o
avanço da sociedade. É o caso do “Queijinho”, um dos
esportistas guaraenses, e com
grandes experiências e vivências no mundo do futebol.
Pegando “carona” na homenagem mais
que oportuna, compartilho com os integrantes da Câmara e com todos os amigos guaraenses,
o texto abaixo, uma pequena crônica, em que faço minha carinhosa homenagem à passagem, hoje, 21/12/20, do amigo de sempre - “Queijinho”.
“Assim é
se lhe parece...”
O que não se sabe é se isso aconteceu,
realmente, bem ali, sob nossas barbas.... eu mesmo, careço dessa
confirmação, mas afirmo, lançando mão da
frase sustentável de Pirandello: assim é
se lhe parece!... Queijinho,
o atleta de fôlego, gente da melhor
safra esportiva, com chute de canhão e
pontaria no centro do alvo, não poderia ficar sem a homenagem. Ficaria,
portanto, ali no campo, para sempre,
transformado por si mesmo naquela
escultura irrepreensível. O jogo
continuaria em poucos minutos,
afinal, logo alguém se lembraria
de empurrar a estátua do atleta, digo monumento, para um dos cantos favoráveis do estádio.
Assim, lá ficou para sempre o Queijinho.
Um justo reconhecimento. No entanto, é
preciso ter olhos para enxergar o
Monumento. Olhos da alma. Dessa forma,
olhando bem, ainda está lá, onde sempre
estivera, como se aquele monumento
tivesse nascido ali, ali mesmo,
no gramado do nosso campo de futebol da A.A. Guaraense, ou tivesse existido por ali
durante uma vida inteira, sem que a
gente se desse conta... O Monumento, bem à frente dos nossos olhos, causando
uma admiração reverenciada, infinita,
duradoura, de vida inteira, a quem fosse dado esse privilégio de
contemplação. Passado todo esse tempo,
hoje, hoje mesmo, Queijinho está ali, sentado, tranquilo, por vezes, no bar do Ademir
ou em outro boteco qualquer, onde
sempre leva as suas memórias para dar um longo
passeio... pode se ver nelas, quando se materializam, as suas dores, os seus amores, os olhares, os sabores e as
agruras todas da sua longa caminhada pela vida...
Dia desses tive vontade de lhe perguntar:
-
Queijinho, me fale da vida, da sua vida, da
vida vivida?
Mas me silenciei.
Deixei apenas o pensamento fluir...
Melhor vê-lo assim, ali, como um pai que olha um filho suplicando-lhe o amparo nos momentos difíceis. Pois eu sei que esse rebento da nossa cidade de Guará, sempre me teve em conta. E amizade é o que nunca lhe faltava. Nunca lhe faltou. Mas, só poucos, muito poucos – pode-se contar nos dedos da mão - somente a poucos cabe enxergá-lo como a Pietà, esculpida por Michelangelo, em que se transformou.... E a quem for concedida essa graça, esse dom quase divino de enxergá-lo em toda a sua pureza, grandeza e plenitude, que sempre foram as suas marcas registradas... esse, esse vivente terá a virtude de encontrar o que nos falta ainda, o que falta a todos nós para desvendarmos por inteiro, a própria alma dos homens!...
Texto: Celso Lopes
OBS:
homenagem ao Queijinho que nos deixou em 21/12/20
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