ABSURTOS EDITORA Olá, Celso!
A Absurtos Editora tem a felicidade de informar que, entre tantos
candidatos talentosos, o seu poema foi um dos selecionados em nosso
concurso literário e você está sendo convidado a participar da antologia Poesia
Libertadora – Prêmio Absurtos de Poesia.
(leia a poesia de Celso Lopes).
ESTUPOR - (mensagem
intergaláctica).
Ando
à míngua...
trago
comigo todas as línguas-mortas
na
ponta da minha língua.
Uma
outra linguagem, o que sou: surda-muda!...
Ando
à míngua...
à
espera de um aceno no reino do universo,
e
então serei farto em prosa e verso:
hei
de me saciar a pleno pulmões
e
não há de estuporar essa íngua!...
Ando
à míngua...
mas recusarei o banquete de Pélope
e não viverei o suplício de Tântalo*...
Hei
de vencer todas as apoplexias!...
Nunca
mais a fome, nunca mais a sede...
Seguirei
ímpar, multilíngue, como sei,
como sou:
um incansável decifrador de hierógrafos...
Eu, a nave-mãe, levando um epitáfio para o futuro:
um incansável decifrador de hierógrafos...
Eu, a nave-mãe, levando um epitáfio para o futuro:
“Saudações - a quem quer que você seja!...
Trago boa vontade e paz
através do espaço”**
(*) Tântalo, filho de Zeus, casado com Dione,
teve três filhos. Ousando testar os deuses, serviu-lhes a carne do filho Pélope. Lançado ao Tártaro, num vale com
abundante vegetação e água, foi
castigado a não poder saciar sua fome
nem a sede.(Mitologia grega).
(**)
Paráfrase à mensagem da Missão Espacial Europeia em pesquisa sobre a origem do sistema
solar, a vida na Terra e a provável existência de vida em outros planetas.
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